Quais as perspectivas do agronegócio para 2023/2025?

A visão do ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que participou do painel Agronegócio: Perspectivas 2023/2026, durante 21º Congresso da Abag, realizado dia 1º de agosto.

É de que três temas devem ser observados pelo agronegócio no curto prazo: a nova globalização (com dois pólos, o ocidente, sem liderança e com a perda do protagonismo de organismos internacionais, e o oriente, liderado pela China), a segurança alimentar e o novo cenário transformado pela pandemia, que levou as empresas a trazer seus insumos para localidades próximas.

“O mundo busca a autossuficiência em alimentos, o que passa pelo estabelecimento de acordos comerciais e uso de tecnologia”

“O mundo está em busca de autossuficiência, por isso precisamos trabalhar para garantir nosso papel, que depende de estratégias, como tecnologia e inovação, acordos comerciais fortes, não aceitação de ilegalidades no país, infraestrutura e logística, além de organização da classe rural, através das cooperativas brasileiras”, disse o ex-ministro.

Uma grande oportunidade para o país reafirmar seu protagonismo no cenário da segurança alimentar mundial.

Já o ministro da Agricultura no governo Geisel (1974 a 1979), Alysson Paolinelli, que vem acompanhando o crescimento da agricultura brasileira, citou o momento atual como uma grande oportunidade para o país reafirmar seu protagonismo no cenário da segurança alimentar mundial. “O aumento no número de habitantes no planeta, especialmente em países altamente populosos como a China, traz consigo o aumento de renda e capacidade aquisitiva com a consequente troca de carboidratos por proteínas”, analisou Paolinelli. “O Brasil está preparado para suprir essa demanda, pois dominamos quase todas as cadeias produtivas de proteínas, mas é preciso investir no aumento significativo da produção para atender esse número crescente de pessoas.”

Superamos outros países pela qualidade da produção, tecnologia e produtividades.

Os índices podem ser multiplicados com agregação de valor aos produtos exportados, comentou o ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra. “Há cerca de 180 mercados do mundo abertos ao Brasil”.

No encerramento do Congresso da Abag 2022, o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Carlos Corrêa Carvalho, reforçou a importância da integração como ponto central para o agronegócio brasileiro ampliar sua competitividade em âmbito global com um nível ainda maior de conservação ambiental. “Precisamos estar presentes nas discussões das métricas de sustentabilidade e informar o que é importante para uma agricultura tropical e não apenas aceitar o que é bom para o mundo temperado. Por isso, estamos discutindo em nível nacional com diversos agentes como podemos atuar.”

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